Peixes-palhaço nadam enormes distâncias quando jovens
Estudo revela que larvas podem viajar até 400 km para chegar a recifes.
Assim como em 'Procurando Nemo', espécie vive em anêmonas.
Peixe-palhaço nada no Aquarium of the Pacific, em Long Beach, na Califórnia; pesquisa mostra que peixes palhaço bebês por vezes viajam centenas de quilômetros pelo oceano (Foto: AFP Photo/Joe Klamar/Files)
No filme "Procurando Nemo", um peixe-palhaço adulto atravessa o oceano para encontrar seu filho perdido, mas na vida real acontece o contrário: são os bebês peixe-palhaço que fazem longas viagens para ir para casa.
Nos primeiros dias de vida, as larvas de peixe-palhaço (Amphiprion omanensis) podem nadar até 400 km em busca de sua casa, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (17) na revista científica "PLOS One".
"Quando eles conseguem voltar para o recife, têm apenas alguns milímetros de comprimento. E esta viagem deve ser feita em poucos dias. Por isso, utilizam as correntes oceânicas que ajudam na sua migração". De fato, os pesquisadores que estudam os peixes das águas do sul de Omã descobriram que há dois sistemas de recifes e corais ao longo da costa, separados por 400 km de oceano."É uma jornada épica para esses pequenos", diz o co-autor do estudo, Stephen Simpson, da Universidade de Exeter.
Os pesquisadores coletaram pequenas amostras de tecido de cerca de 400 peixes-palhaço para analisar seu DNA.
Os cientistas usaram estes dados para reconhecer os peixes que migraram de uma população para outra, e descobriram que 6% dos que tinham sido identificados fizeram a longa viagem.
"Para sobreviver, os peixes devem migrar entre essas duas populações", explica Simpson.
Os pesquisadores disseram que, de uma forma bastante semelhante à apresentada no filme da Disney de 2003, os peixes-palhaço vivem a maior parte de sua vida adulta em uma anêmona.
Eles também confiam nas correntes oceânicas para viajar de um lugar para outro. Mas, ao contrário do filme, só viajam quando são jovens.
A pesquisa vai ajudar na criação de áreas marinhas protegidas.
Fonte: France Presse, g1.globo.com
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